O Clube de Desbravadores visita o Lar Padilha e conhecem um pouco das dificuldades que a entidade vem enfrentando.
Foto: Henrique Dias |
Neste ultimo domingo dia 16 o clube de Desbravadores
Guardiões da nascente da cidade de Nova Hartz, fez uma visita ao Lar Padilha
que acolhe crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade
social, sendo localizado no município de Taquara. O grupo começou o dia
contando algumas histórias e cantando musicas que falam do amor de Deus e
passaram o restante do período brincando e se divertindo com jogos recreativos
e saudáveis em meio aos jovens que ali são abrigados.
O objetivo dessa ida ao Lar foi de conhecer e mostrar a
realidade dos juvenis e adolescentes que são acolhidos e de alguma forma ajudar
a instituição. Pensando nisso o Clube de Desbravadores doou cestas básicas
junto com balas e pirulitos que serviram de alegria para todos que ficam no
abrigo. A Educadora Social Rosangela Roseli belotto comenta, “Quando o clube Guardiões
cantou, me lagrimei com a letra da canção que falava do pai deixar as crianças
(Musica Ainda que a figueira) logo eu imaginei a situação de todos eles”.
Aulas de violão dirigidas por Rafael Santos um dos lideres do clube de Desbravadores Guardiões da Nascente. Foto: Henrique Dias |
O Lar Padilha foi criado em 1978, pelo pastor Sebaldo
Nornberg, da Igreja Evangélica De confissão Luterana no Brasil (IECLB) Com a
finalidade de amparar e abrigar jovens desafortunados e carentes da região do
vale dos Sinos. E somente depois passou a atender crianças que passam por algum
tipo de negligencia dos pais ou do respons ável legal. E em 2007, o Lar foi
classificado pela Associação dos Magistrados Brasileiros como uma das sete instituições brasileiras
que desenvolve as melhores práticas de retorno ao convívio familiar. E hoje é
referencia em nível estadual no segmento de acolhimento.
O instituto possui várias oficinas educativas como:
culinária, jardinagem capoeira, salão de beleza e biblioteca. Os alunos
participam dessas atividades no horário oposto ao turno escolar. Cristiane Ew, educadora
social, fala que todas os acolhidos têm seus afazeres, e horários para várias
tarefas, fazendo com que muitos deles esqueçam um pouco dos problemas que
passaram ou ainda passam. “Eles não param nunca, sempre tem alguma coisa legal
pra eles fazerem” destaca ela.
Unidade Tabitas do Clube Guardiões da Nascente esperando para brincar com as crianças do Lar Padilha Foto: Henrique Dias |
Outro educador da entidade, Vanderlei Luiz Collet, revela que
boa parte dos casos que levam os menores a serem abrigados é o Abuso Sexual, violência
física, e abandono, tendo sempre a negligência dos pais ou do responsável. E
ele ainda menciona que mesmo as crianças passando por todos esses problemas ainda
assim preferem, na maioria das vezes, não sair de suas casas, pois é onde a sua
família esta. E devido a isso sempre á um período de adaptação para que o
individuo se acostume com o “Novo Lar”.
Em uma entrevista a nossa equipe, o Conselho tutelar da cidade de Nova Hartz nos explica que segundo o Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA), para um menor de idade ser acolhido em um lar,
é preciso que antes tenha sido esgotada todas as opções de parentes próximos que
poderiam de alguma forma cuidar dele. E somente após terminar todas essas
possibilidades que os jovens podem ser encaminhados, através da solicitação pela
decisão de um juiz, á um órgão que amparam esses casos, como o Lar padilha.
Crianças abrigadas desenvolvendo atividades proporcionadas pela instituição Foto : Site Lar Padilha |
Essa organização conta com três dormitórios. O primeiro para
meninas de 8 a 17 anos, o segundo para meninos de 8 a 14 anos, e um terceiro
para rapazes de 15 a 17 anos. Porém a casa que abriga os adolescentes está em reforma fazendo com que esses fiquem juntos
com os que têm menos idade, levando a instituição ter dificuldade, que devido á
falta de um dos prédios, no momento não tem espaço para acolher mais crianças. Tendo
hoje 86 o número de acolhidos, mas podendo chegar a 100, com as reformações na
estrutura do imóvel.
Rosangela Belotto, que já exerce o cargo de educadora a mais
de cinco anos nos diz, “Tem muitos pedidos de vagas para crianças, mas nós não
temos como dar essas vagas, pois não temos como abriga-los. Se não teriam que
todos dormir no chão” afirma ela. O estabelecimento somente poderá abrigar mais
juvenis quando terminar as obras, que segundo a direção é feita apenas com
doações dos moradores e estabelecimentos comerciais, ou com projetos sociais
como: brechós, feijoadas, bingo, entre outros.
Brechó Realizado com o propósito de adquirir Fundos. Foto: Site Lar Padilha |
Em nota os funcionários nos revelam que existem 13
prefeituras conveniadas a essa organização que estabelecem um valor variável de
40% a 60% do que realmente é gasto por cada criança. Mas a verba provida desses
municípios apenas serve para pagar os que ali trabalham, sendo que na grande
parte das vezes o dinheiro não chega nem a cobrir os salários dos mesmos.
A manutenção financeira desse órgão é a maior preocupação, já
que boa parte do sustento geral da entidade depende de doações. Mas para que
essa organização não venha fechar as portas assim como tantas outras por falta
de verba, precisamos de alguma maneira ajudar. A Direção nos explica que há várias
formas de colaborar como: depósito bancário ou por boleto gerado direto pela
internet, materiais escolares, alimentos não perecíveis , materiais de higiene
pessoal, roupas, materiais de construção e através também do voluntariado.
Se você tem o desejo em seu coração de ajudar a Fundação lar
Padilha entre em contato através do telefone (51)3542-9146 , e-mail larpadilha@larpadilha.org.br ou
se preferir vá até o Lar Padilha que fica no distrito de Padilha, interior da
cidade de Taquara. Encontre mais informações no site da entidade larpadilha.org.br
Por Henrique Dias e Bruna Cavalheiro
Por Henrique Dias e Bruna Cavalheiro
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